20 de junho de 2010


O que você sente por ele?” - (Sexta – Feira, 12h40, conversa com a @AnaGimenees antes de ir para a Festa da Junina da escola)

Ela me fez essa pergunta e pela a primeira vez eu não soube o que responder e acabei respondendo do jeito que eu não queria. As palavras saíram completamente enroladas e incompletas.
Começamos a discutir sobre o que eu sentia por ele e pensamos em defenir em duas palavras: “Paixão” ou “Amor”. De imediato eu respondi que por ele eu sinto paixão e isso por causa de duas coisas: primeiro, sou completamente obcecada e iludida por alguém que não me olha e nunca vai me olhar com outros olhos; segundo, eu posso ter “inventado” você, criado alguém na minha cabeça que não existe e escrito uma história que você não quer terminar comigo.
Depois dessa conversa ficamos em silêncio e vi que tinha respondido a minha amiga completamente errado. Eu não sinto uma paixão por ele. Talvez eu tenha sentido algum dia, mas não mais. Hoje não. O que eu sinto é mais forte que uma paixão que pode ser passageira. É amor. Amor que não pode ser substituído, amor que é entregue de corpo e alma, amor que mesmo você não me querendo conseguimos construir e que não pode acabar assim, sem tentarmos. Ou podemos?
Eu sei que você não me quer, mas eu sempre fui sua. Antes mesmo de te conhecer eu já conseguia imaginar alguém como você. Alguém que é obcecado por FORFUN e acha impossível alguém comprar um tênis totalmente colorido; alguém que deixa o celular carregando e ligado durante a noite para de manhã eu ligar e receber o meu “bom dia” e nessa nossa conversa de uma hora, até a minha escola, ficar dando 10 bocejos por minuto; alguém que mesmo estando na pior festa consegue ser animado e se tiver pulseirinhas de NEON é provável que ela vá parar no lugar de seu alargador; alguém que nunca comeu o meu doce preferido, arroz doce, mas que consegue gostar da minha fruta preferida que POUCOS gostam por ser azeda, acerola; alguém que consegue perceber os meus piores dias e nisso, saber a hora certa de me animar; alguém que agüenta os meus dramas e sempre quando eu falo que joguei futebol na escola, desacredita, mas quando eu falo que fiz um gol começa a acreditar; alguém que sabe todos os meus defeitos, qualidades e sabe me tratar do jeito que eu quero; alguém que tem medo de jogar os nossos dados para tentar algo novo; alguém que eu tenho certeza que se mandarem uma pergunta no FORMSPRING do tipo “Cite 10 coisas que você sabe sobre a Juliana” responderia as 10, mas com vontade de responder 100 coisas que sabe sobre mim; alguém que eu não inventei, ele existe, mas só tem medo de se permitir.
Hoje eu cheguei a conclusão que eu tenho a resposta para a Ana: Por ele eu sinto amor. Por ele eu espero mais. Espero dês do dia em que se conhecemos no prédio que ouvimos músicas e jogamos baralho; E sim, Ana, eu o amo agora e por ele eu dou passos para trás, insisto em algo que não existe, só para não sair da vida dele.
Combinamos então que não era amor isso tudo. Que dia 24 não serão dois meses e não é o nosso dia, mas é incrível, ele não me deixa. Quer refazer esse contrato toda hora e eu aceito isso, pois eu passo a acredita que ele também acha que o nosso futuro está próximo e tem medo de se permitir e encarar que deve sentir algo. Ou não. Não deve ser coisa da minha cabeça.
Nós combinamos que algum dia poderia ser qualquer tipo de amor, não? E entre outras coisas que combinamos os nossos segredos ficaram guardados para sempre dentro de nós.

L.

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